Sou uma pessoa muito privilegiada por ter a oportunidade de trilhar esse caminho de busca interior já há algum tempo. Minha vida neste plano sempre se apresentou um pouco diferente e essa diferença de sentimentos me assustou por muito tempo. Sempre fui uma criança sensível e introspectiva. Descendente de espanhóis muito severos, tive uma educação e uma vida muito séria e focada nesta busca interior.
Sempre usei o Ouvir, uma das ferramentas sensoriais deste mundo, como um importante caminho de aprendizado. Ouvir, sentir, ver, tocar uns aos outros sempre me deu muitas pistas para enxergar o indivíduo e a mim mesmo de uma forma diferente. Tenho uma profissão que me permite cuidar da beleza de muitas pessoas, lidar com sentimentos de frustração, expectativas delas em momentos de transformação, a busca externa de uma mudança que sempre acreditei muitas vezes que deveria vir também de dentro.
Sou especialista em cabelos e meu caminho sempre foi uma beleza natural. Buscava em cada atendimento mergulhar dentro do entendimento desse ser, desta pessoa que constantemente sentava em minha cadeira de spa dos cabelos ( www.lacesandhair.com.br ) com uma busca de mudança externa como reflexo de um descontentamento como sintoma de algo que não andava bem em seu relacionamento, trabalho, família ou até como semblante de algo que se transformou em sua vida (novo trabalho, entrada em novo momento da vida) em busca de um contentamento e felicidade imediata. Sempre acreditei que minha profissão, que envolve esse trabalho com as pessoas, é apenas uma “desculpa do destino” para conhecê-las por dentro e ajudá-las a encontrar sua melhor versão. Não aquela que requer uma transformação externa, mas um olhar atento e muito interiorizado.
Somos o resultado de um conhecimento sobre nós mesmos, por uma mente que se expressa por meio de um inconsciente coletivo, que, como o psiquiatra suíço Carl Yang muito bem descreveu: “O inconsciente coletivo se forma com as referências e crenças que temos as quais se baseiam nas coisas que as outras pessoas nos ensinam e que baseiam no ponto de referência neste mundo de formas e matérias”e que coloca nossa felicidade nas mãos do outro decidindo como a vida deve ser.
A mente ligada a esse inconsciente coletivo, que foi programada por outras pessoas, pode ser mudada. Isso é uma capacidade humana e através do hábito de nos conectarmos com pessoas mais autoconscientes, ficamos inspirados a ir atrás de nossas verdades, ouvir o nosso coração e limpar tudo que não nos serve mais. Assim nos tornamos livres para transformar. Para isso é muito importante foco, disciplina e paciência, pois é muito fácil se distrair com um mundo onde confortavelmente já sabemos as reações. Acredito que esta jornada vale a pena. Sem dúvida é um caminho lindo, cheio de desafios, mas lindo, e claro, recompensador.
Acredito que a Felicidade está muito mais próxima do que a maioria das pessoas acredita. Acreditamos sempre estar com falta e na busca daquilo que não temos. Ao passo que, se aprendemos a silenciar a mente e a voltar para dentro de nós mesmos, já seremos pura potencialidade, lugar de energia infinita e abundância. Precisamos aprender a nos reconectar.
Acredito que o caminho do autocuidado e a conexão com a natureza podem ser uma maneira de chegar a isso. Em meu dia a dia tento inspirar e orientar, através de meu trabalho, meus produtos e tudo que permeia a minha volta com esse olhar para o simples momento de estar presente: tomar um banho com mais consciência, sentindo os aromas da natureza, o cuidado com sua pele (nosso maior órgão e muito ligado ao sentimento), com o cabelo, enfim buscando a felicidade e o bem-estar no momento de se cuidar. Se reconectar é um reaprender a olhar pra dentro e achar o verdadeiro sentimento de felicidade plena, amor incondicional e plenitude e deixar de viver essa insanidade da hipnose social.